Pintura
Óleo sobre Tela
Bandeira Processional
1753
Altura: 123 cm
Largura: 99,5 cm

Caifás era o sumo sacerdote judeu no tempo de Jesus. Após uma série de pontificados efémeros, Caifás permaneceu dezoito anos em funções. Não se trata, porém, do feito de uma autoridade excecional: ele manteve-se em funções graças ao apoio da família, das suas riquezas.
Na época, os sumos sacerdotes, sendo verdadeiros chefes religiosos e civis da nação judaica, eram nomeados e demitidos pelo poder de Roma. Por isso, Caifaz era um instrumento nas mãos do procurador romano. Conta-se que Caifás, quando Pôncio Pilatos levou para Jerusalém as imagens de César e se apoderou o tesouro do templo, sofreu os protestos veementes do povo judaico, indignados com tal sacrilégio, permaneceu mudo e quedo.
Foi pois, perante esse sumo sacerdote, manietado nos seus poderes que Jesus foi apresentado, num ato de aparente relevância e consentimento da autoridade judaica, que no fundo apenas concretizava a vontade romana de que a crença e fé cristã perece-se com Jesus Cristo.